domingo, 8 de setembro de 2013

Queda

Se aproxime
Sem medo
Se jogue
Em meus braços
Com amor
Por amor
Está frio
Se aconchegue
Beije me
Nem o silêncio
Parece se importar
É só uma queda
Queda de amor

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Entrelinhas

Talvez eu te devo desculpas pelo jeito atrapalhado de ser. Não é culpa sua, tampouco minha. O destino tem uma causa para a situação causar. Não é o humor ferido, um olhar sofrido, um tropeço na planície. É uma fúria sua, uma fúria minha, que impacta esse olhar. Esse encarar.
Só que agora, somente agora...
Tenho uma razão concreta para falar.
Tenha uma atração direta para escutar.
Hora de transformar.
Quem sabe essa expressão carregada dê lugar para um sorriso encontrar.
Quem sabe assim, o meu sorriso não irei negar.

Retrato

Passos largos em meio a um chão sujo, imundo, mais um no mundo, com a terra a sujar.
Não é pressa, expressa, em meio ao andar que só pensa em acelerar.
É uma insatisfação. Um leão pela mão. Uma raiva controlada que enoja o olhar.
Seria um sonho distante? Um paraíso ilusório? O que custa sonhar?
Era apenas um retrato, pequeno pedaço do meu caminhar.
E que mal causará?

domingo, 16 de junho de 2013

As folhas resolveram lamentar o feito anunciado; o outono chegara inevitavelmente. A volta a sua casa tornava-se mais aguardada desde então.
Teriam ainda três estações a enfrentar.
Até sua chegada, previa um congestionamento de ideias.
Suavemente.
Contente estaria então, na sua metafórica fortaleza. O cansaço viria a qualquer hora. O sentimento de abandono lhe bateria a porta. Esse era o futuro querido?
Porém não desistiria daquele “indesistível”, o qual lhe fez perder a rota, roda, rota.
O tempo lhe parecera eterno, incerto, incrédulo.
O mundo um lugar indicado ao fracasso, cansaço.
O amor, esse sim, não fazia questão de desistir.
O amor que tudo cura tudo sara...
Meio fora de linha
Meio fora de hora
Meio fora de rota

Em algum outro coração, ele encontrara.

sábado, 15 de junho de 2013

Luna

Tamanhos versos de inverno,
encontram-se chorosos como a chuva.
Tamanhos descontentamentos,
vieram sem seus alentos.
Não há um sinal de luna.
A fumaça fez questão de consumi-la.
Não há um sinal de pluma,
ou sequer da presença sua.
Escondera-se na lua?

A tal poesia

Devagar e sublime,
Macia e comportada.
A tal poesia parecia adequada,
numa dimensão sem limites.
As palavras proclamadas
Me traziam afora da realidade.
As metáforas incompreensíveis
O romance sem romantismo
Uma sociedade sem humanismo
Um sorriso impossível
Um mundo que não pode ser traduzido.
Simples e humilde,
Calma e aplicada.
A tal poesia parecia invocada,
numa prosa sem rimas, liras, e delongas.