quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Falta muito


Falta muito para te ver
encontrar seu sorriso
e em teus braços adormecer
e pros teus lábios merecer?
Falta muito para deixar de sonhar
de cogitar e suportar
Toda essa angústia preenchida
pela ausência tua?
Falta muito para tua chegada?
Pois tua luz afasta todas as sombras
e todos os meus fantasmas
que outrora temia...
Falta muito para você ficar
marcar um território no meu coração
fazer o inverno virar verão
e me fazer morrer de amor?

sábado, 3 de outubro de 2015

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Se não for pedir demais

Se não for pedir demais
Me abrace sem soltar
Com teu aperto ainda tenho de lidar
Antes que só eu me esqueça

Se não for pedir demais
Me acaricie sem cessar
Com teu afago a me envolver
Antes que sem carinho eu padeça

Se não for pedir demais
Me beije sem cansar
Parametrizando teus lábios aos meus
Antes que angústia retorne

Se não for pedir demais
Me morda sem machucar
Com os teus braços a me aquecer
Antes que sem marcas me deixe

Se não for pedir demais
Me apaixone sem ser fugaz
Com o coração aberto
Antes que de frio ele se aperte

Se não for pedir demais
Me ame sem olhar para trás
Com toda tua vida a progredir
Antes que os fantasmas do passado
voltem a te perturbar.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Ghost


No meio da longa noite, ouvi teu chamado calmo. Acordei subitamente como uma presa a ser caçada. O silêncio permanecia entre outros quartos e corpos, porém sua voz ecoava em minha mente para ir ao seu encontro. Em meio à escuridão e à falta de lucidez, sua luz me irradiou como uma chama acendendo uma vela, com fumaça a sair dos seus poros. Era outra vida, outro momento, todavia éramos os mesmos desde então. Enfim pude acender e ascender e estive pronto para chegar ao teu encontro. Teu chamado reacendeu a luz que se apagou. Agora sim, estaríamos prontos para tudo aquilo que o futuro planejou. O futuro se apresentou como um ouro e me tornou um amante da Luz.

domingo, 9 de agosto de 2015

Oceanos


Lancei meu barco ao mar na esperança de talvez de encontrar, não só por uma vez, nem por mero acaso ou descaso. A vela segue o vento, velejando, escondendo todas as preocupações e ânsias por não te ter outra vez. Eu quero você, por uma infinidade de momentos. Desculpe-me, mas não dá para controlar, não no meio do mar, onde não há como voltar... eu sigo tentando te encontrar, porém os oceanos nos separam. Eu tento continuar e persistir, mas você segue me puxando para baixo, quem sabe para desistir. Quem sabe é o que queres. Quem sabe é o que deveria fazer. Seria tão difícil sonhar com a felicidade? E pensar que julguei estar em você. Pobre teimosia, que me faz te querer cada vez mais. Não importa como, eu irei até o seu encontro, pois sem você, esse barco segue vazio, sem rumo e sem saber onde chegar. O mar seguirá histérico, quem sabe até... me afogar. Não. Há vida. A superfície segue cristalina, tão limpa quanto a alegria outra vez sentida. Quem sabe seu barco não se encontra da mesma forma? Eu seguirei tentando te encontrar, mesmo que existam oceanos entre nós...