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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Eu te quero nu

Eu te quero nu de corpo e alma, despojado do que houver, se quiser. Não só quero tuas roupas ao chão, porém tu sabes de tudo o que preciso sem nem se esforçar. Pois teus olhos nus dançam como uma chama incandescente pela madrugada. Olhos nus e descamados, exaltando a tua verdade sem cessar de me apaixonar. Eu te quero nu, pois seu sorriso revela-se ainda mais e destaca quão alegre tu és. Quero tua alma nua, pois nela encontro o que há de mais belo num só ser. E nem tuas doces curvas podem me seduzir mais do que teu querer, teu carinho, teu saber, teu jeitinho, em tudo o que faz. Eu te quero nu, pois assim teu toque áspero se torna uma sinfonia nos meus poros arrepiados. Eu te quero nu porque assim teu coração fica ainda mais próximo ao meu, e tua respiração tão próxima da minha frequência, a qual encontra-se acelerada demais só em te olhar. Eu te quero nu, pois assim te encontro, assim como me vê. Sem inverdades, sem mistérios. Nus, libertos, abertos. Nus para a carne, libertos para a vida, abertos para amar.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Moreno

Moreno lindo 
Que tanto me encanta
Dance comigo
Mete uma dança

Moreno lindo
Tão sensual
Me leva pelo quadril
É carnaval

Moreno lindo
Me envolva
E com um beijo
Cale minha boca

Ah, moreno
Não me leve a mal
Mas o teu remexo
Levanta meu astral

Ah, moreno
Não suma mais uma vez
Dance comigo
Até o amanhecer

Moreno lindo
Viaje comigo
Não me deixe na vontade
Até o outro carnaval

Ah, moreno
Não me deixe na saudade
Teu ritmo me invade
E me faz querer mais
Cada vez mais.

Translúcido

Já faz um tempo que não te escrevo 
Quem sabe eu já desaprendi 
Bem sabe até que mal
Mal sabe até que bem te esqueço
As músicas passaram a me descrever
As palavras resolveram sumir
Os sentimentos assim fugiram
Nascendo aquele vazio dentro de mim
Vazio de prosas e rimas
Vazios lúdicos sem lucidez
Vazios múltiplos por vários dias
Vazio único que nem bebida sabe preencher
Quem sabe o coração abre com um sorriso
Quem sabe ele se descasque com palavras queridas
Quem sabe ele retome seu lado lúdico
E enfim saiba o que é morrer de amor.

Porto de Sauípe
28 fev 2017

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Preces ao vento

tic tac
tic tac
tic tac
tic tac

O relógio pulsava
(massacrante)
e o vento uivava
(a todo instante)
para ser notado
como um lobo livre na madrugada.

dizia o vento estar cansado
de andar tão parado
como no verão passado

e então
invadiu o meu quarto
farejou, me encarou
e encontrou solidão
sobretudo abraçada
sem ser arrancada
presa sobre as minhas mãos
amor de outra estação

como amado fiel
o vento avançou
as mãos desejadas tocou
e nada adiantou

como amado carente
desceu rapidamente
arrepiando os meus poros
encontrando os meus olhos

já não podia hesitar
nem poderia mesmo falar
estava tudo ali
a liberdade dependia de si
a liberdade me pertencia
assim como aquele amor,
eu sabia.

ainda tão humano
ainda tão fraco
no vento encontrei a minha verdade
as chaves me pertenciam
e dali, só eu poderia me soltar

todavia, o vento já andava de saída
e ele não poderia demorar
restou, então, me levantar
e poder acompanhar
sob o canto das minhas preces

me leva ao teu céu
me leva ao teu sol
me leva além das vistas
me leva às tuas estrelas preferidas

me leve tão leve
me leve sem compromisso
me leve entregue
me leve e me ame.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Doce Lua

Doce lua, permita-me sonhar com você. Permita-me sonhar tão claramente quanto sua luz de fase crescente. Permita-me suspirar por aquele amor não encontrado. Permita-me ser são em uma sociedade tão doente e desesperada por atenção. Permita-me ir além do que meus olhos vêem e do que meu coração sente. Permita-me ir até você para a alguém pertencer. Permita-me esconder de todas as mazelas desamparadas e não mais sofrer. Permita-me ser seu assim como és minha, ainda quando estiver nova. Permita-me te amar como a nunca alguém amei e só para ti viver.

sábado, 16 de abril de 2011

Passou [...] Continua


O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.




Trecho do poema "Consolo na Praia", de Carlos Drummond

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Amor Pecaminoso



Nosso amor é pecaminoso
Não consigo controlar meu desejo
Nossas almas estão corrompidas
Meu corpo está dominado pelo seu
Você foi feito sem limites
E eu ainda não criei meu manual de instruções
O jeito que você me beija
O jeito que você me domina
Isso me deixa sem forças
Isso nos transporta á outro mundo
Estamos possuídos pelos mais divinos demônios do amor
Nossos corpos são como o fogo do inferno
E nosso amor também é eterno.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sentimentos...

I

Manhã de sol
Noite de chuva
Barcos na praia
Num mar de plumas

Quem sabe sou apenas um poeta maluco
Que só anda em um lugar obscuro
Quem sabe sou um poeta inteligente
O qual tenta desvendar os mistérios da mente

Quem sabe sou apenas um poeta...
Que uso dos versos
Uma expressão de sentimentos




II

De tudo... Surge a imaginação
Da imaginação, a descoberta de que poderia fazer um verso
Mais que um verso, poderia fazer uma estrofe
Mais que uma estrofe, poderia fazer uma poesia
Da poesia, a expressão de tais sentimentos...

sábado, 3 de abril de 2010

Me esquece.

Quando o mundo entrar em desilusão
Talvez você ainda esteja nesta ilusão
Conversas não resolvem
Palavras não perdoam
Meus olhares só expressam um sentimento
Ódio
Como foi bom ter percebido isso
Pois a sua raiva
Só me faz sobreviver
Quer uma solução?
Me esqueça
Como me esquecer?
Pela morte
Como posso morrer?
Me mate.




segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Um eco chamado amor



Tudo que penso em fazer nessa vida dá errado
Meu extinto sempre se engana ao escolher a pessoa certa
Talvez a solidão me faça feliz
Longe de tudo que pensei passar ou fazer
Grande ironia
Meu pessimismo, me traz sorte
Minha confiança, me traz azar
Mas fazer o que?
Já me acostumei a viver comigo mesmo
Eu e meus problemas incompreensíveis
Eu e meus momentos inexplicáveis
Eu e minha inocência disfarçada
Eu e minhas discórdias
Eu, com minhas ironias
O que me faria mudar de uma opinião agora?
O que me faz tornar-me confuso ao escrever este poema?
O que me faz fazer tudo isso?
Afinal, somos movidos por emoções...
Comigo não poderia ser diferente
Mas, no fundo do corpo...
Surge uma voz
Um eco
Que me mantém firme e forte
Para levantar a cabeça e seguir minha vida
Um eco que não escuto, que não vejo
Mas sinto
Um eco chamado amor

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Amor verdadeiro



Por mais que a vida passe
Por mais que o tempo voe
Por mais que a morte nos separe
E nos induza a um novo caminho
Nunca vou te perder, te esquecer
Amores verdadeiros são eternos
Não como os contos de fadas fictícios
Mas como uma fênix que ressurge de onde ninguém espera
Não são falsos como em muitas vezes nos iludimos
Achando que encontramos nosso amor verdadeiro
Em que tudo termina na maior decepção de sua vida
O amor verdadeiro é para sempre
Desde quando nos conhecemos da forma mais improvável
Tornando-se em uma das maiores lembranças de sua vida
Nossas vidas não são para sempre
Mas farei de tudo para fazê-la durar além da morte
Para mim, o amor verdadeiro existe
Se não existisse, você não existiria
Nem eu sobreviveria às mágoas do meu passado
Para mim, o amor verdadeiro existe
Para mim, ele é você.