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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Eu te quero nu

Eu te quero nu de corpo e alma, despojado do que houver, se quiser. Não só quero tuas roupas ao chão, porém tu sabes de tudo o que preciso sem nem se esforçar. Pois teus olhos nus dançam como uma chama incandescente pela madrugada. Olhos nus e descamados, exaltando a tua verdade sem cessar de me apaixonar. Eu te quero nu, pois seu sorriso revela-se ainda mais e destaca quão alegre tu és. Quero tua alma nua, pois nela encontro o que há de mais belo num só ser. E nem tuas doces curvas podem me seduzir mais do que teu querer, teu carinho, teu saber, teu jeitinho, em tudo o que faz. Eu te quero nu, pois assim teu toque áspero se torna uma sinfonia nos meus poros arrepiados. Eu te quero nu porque assim teu coração fica ainda mais próximo ao meu, e tua respiração tão próxima da minha frequência, a qual encontra-se acelerada demais só em te olhar. Eu te quero nu, pois assim te encontro, assim como me vê. Sem inverdades, sem mistérios. Nus, libertos, abertos. Nus para a carne, libertos para a vida, abertos para amar.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Eu quero a liberdade

Eu quero a liberdade de navegar sem medo numa segunda-feira qualquer. Eu quero a liberdade de ser quem sou, como um peixe nada livre sem direção. Eu quero a liberdade de ser criança quando eu quiser ser, de ser adulto quando eu crescer. Eu quero a liberdade de ser mar, ora cheio, ora vazio, sem avisar e preencher tudo aquilo que vazio está. Eu quero a liberdade de escolher, entre viver ou sobreviver. Eu quero a liberdade de enxergar e ir além do olhar. Eu quero a liberdade de dançar, na rua, na no mar, a qualquer hora, em qualquer lugar. Eu quero a liberdade de não possuir nada, livre do que não me pertence além dos bons sentimentos. Eu quero a liberdade de andar por caminhos não trilhados e descobrir o que o mundo tem a me apresentar. Eu quero a liberdade de amar da forma mais sincera, sem burocracia ou formas para poder julgar. Eu quero a liberdade pois ela me pertence, e uma vez descoberta, não posso mais viver sem ela.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Doce Lua

Doce lua, permita-me sonhar com você. Permita-me sonhar tão claramente quanto sua luz de fase crescente. Permita-me suspirar por aquele amor não encontrado. Permita-me ser são em uma sociedade tão doente e desesperada por atenção. Permita-me ir além do que meus olhos vêem e do que meu coração sente. Permita-me ir até você para a alguém pertencer. Permita-me esconder de todas as mazelas desamparadas e não mais sofrer. Permita-me ser seu assim como és minha, ainda quando estiver nova. Permita-me te amar como a nunca alguém amei e só para ti viver.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Um falso dia de verão

O sol irradia incomum diante das poucas horas incidentes de um dia de verão. A luz penetrava pelo quarto novamente, denunciando toda a minha solidão. E havia quem dissesse que os dias mais quentes seriam por dois corpos aqui presentes. Somente os erros de previsão. Pois cai a noite e invade o outro dia, sem alguma companhia que queira a mais ficar. Ou só por vez, o amor nesta vida não me cabe, nem me base, assim como a luz somente invade sem me consumir. Me paira o frio, o escuro de um quarto vazio e um coração doído por querer amar, sem saber como, por quem ou quando será. Enquanto não chega, o frio se manterá. E nem os famosos dias de verão serão capaz de mudar.

Que tal?

Que tal uma noite de verão com a lua a observar os nossos corpos nus, comuns, numa cama quente?
Que tal a graça de um beijo, tranquilo, sem destempero, provocados por simples toques a te fazer arrepiar? 
Que tal as suas mãos macias aproveitando-se do som do mar, me envolvendo como as ondas, sem nem me deixar notar? 
Que tal a minha vez de retribuir, e o seu corpo invadir, o teu pescoço chupar e deixar as marcas para demonstrar o quão grandioso é amar? 
Que tal toda a ternura presente em dois corpos que se unem e se vestem em um só ao doce balanço de uma música soprada pelo ar? 
Ai, quem me dera que essa noite não terminasse; que a minha sorte não cessasse assim como a vontade de te ter.
Ai, quem me dera, o prazer de alguma tarde, manhã ou noite qualquer, só ao seu lado, onde não existe cansaço e eu só saiba o que é... amar.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Rosa-Zé

28/06/2014
Vilas do Atlântico - Praça da Sé
Nunca estive tão próximo do amor quanto pensava. Porém ele resolveu existir em questão de centímetros. O amor não pertencia ao poeta e nem deveria. Todo o amor foi encontrado no banco da frente de um ônibus qualquer.
Ela vestia rosa como Rosa, alegrando quem tava na fossa, ou num plano qualquer. Carregava a maior alegria, de passar o dia, com o seu amor, o seu Zé. Quem é?
O ser mais simpático existente. O homem que não precisa de mais nada para estar contente. Sua felicidade tinha nome, corpo, forma e flor.
Juntos eram um encanto, nunca vi tamanho amor. Ele ditava o ritmo com sua viola. Ela deslumbrava com seu canto. Não há quem não compartilhou de tamanha felicidade.
E o que seria isso, se não amor? Um gesto para mim, um canto para ti, um violão e uma flor. Que chegue o dia em que não haja mais dor.
Espero pelo dia que só exista amor.