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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O mar é a minha casa

nem tão profundo
para que eu possa me afundar
nem tão distante
para se fazer morada
em qualquer lugar
pois és, meu mar,
a minha casa
longe dele não posso estar
tantos sonhos nós já criamos
tantos castelos já levantei
tantos mergulhos a ti lancei
tantas ondas já abracei
tantas coisas você guarda, oh mar
guarde os meus versos que criei
pois você se faz morada
e em teu sal me encontrei
tal como o sol que te visita
deixe-me ir morar com você
eu sei, sou tão pequenino
uma pedra não cabe nas mãos
mas em tuas águas sou eterno
mas em tuas águas só há paixão
deixe-me ir ao teu encontro
unido ao céu nós estaremos
unido ao céu nós viveremos
sal e luz encontrarei...

sexta-feira, 18 de março de 2016

Eu não posso

ler sua mente 
saber o que se passa 
(passou ou passará) 
fingir que não existe 
deixar de te observar 
(me inteirar, te conhecer) 
[querer me completar] 
{se não conheço você} 
te deixar partir 
te deixar sair 
te deixar fugir 
te largar por aí 
desistir 
(nem de você, 
nem de mim).

I See Fire

Eu vejo fogo em seus olhos
(Apaixonantes como rubis)
Eu vejo fogo em seu cabelo
(Beijado pelas chamas)

Repleta de flores tropicais
Perfumando cada parte do seu ser
Serviço não era ser tão bela assim

Eu vejo fogo no teu toque
Catalisando os meus arrepios
Invadindo o meu íntimo
Enlouquecendo o teu prazer

Eu vejo fogo na sua alma
Clamando por um amor
Ainda não descoberto
Para preencher um vazio ainda
incompleto 
A chegar no ápice de ser apenas…
Seu.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Cartão de Entrada


Com seu ar de turista
Um pouco intimista
Se tornar uma bela vista
A ser apresentada

O sol corria por seus cabelos
Assim como a terra por seus olhos
A mata por suas veias
A (falta de) melanina por sua pele

Apresentaram-me sem expectativas
Quem sabe
Para não sofrer com a despedida
(que outrora viria).

Apenas o seu sorriso cintilante
Dentro de lábios vermelhos radiantes
Serviram como o perfeito
Cartão de visitas
Para não te querer mais
Fora da minha vida.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Tudo o que sei

Tudo o que sei
É que não devemos olhar para trás
Que o amor é um acidente
Que nunca vem ao te ver contente
Que a sorte não existe
àqueles que a procuram.
Porém
Você é o presente
Faz o amor virar gente
Descrendo numa sorte que sempre hesitei.
Você é tudo o que sempre procurei
que sempre sonhei
De formas inusitadas
Desencontradas
Intercaladas.
Você é aquilo chamado amor
E isso é tudo o que sei.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Queria evitar

Queria evitar
não mais no teu rosto olhar
para aliviar a dor
sem mais uma noite ao teu lado

como eu queria
que todas as carícias
de fato ocorressem
para não mais sofrer
de amor

aliviado estaria
com seu perfume listrado
hora rosa
outra caramelado
anunciava ao mundo
teu cheiro de amor

a saudade aperta
o orgulho bem mais
a saudade exagera
me afundo um pouco mais.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sua janela

Se a sua janela
se abre às sete
Logo me anima
Para poder entrar
Embora de mim não precise
Pois o frio tratou de roubar.

Se a sua janela
se fecha às nove
Só resta em mim
a santa agonia
Hora que estou
furioso ao dia
Para tua paz
poder proporcionar

Se a sua janela
se abre às doze
Nesta hora não estou presente
Queria entrar e te fazer contente
Vindo de tão longe para te agradar

Se a sua janela
se fecha às quinze
não há o que processar
"era minha hora,
não acredito"
E outra vez
tive que adiar

Se a sua janela
se abre às dezessete
me volto à tua porta
enquanto outra brisa
te acalma
e além da porta
não passarei

Se a sua janela
se fecha às vinte
me encontro triste
de tamanho desencontro
totalmente fora do alcance
mais uma brecha
e seria feliz

Se a sua janela
se estreita às vinte e três
desperto da desistência
avante contra à concorrência
para assim poder entrar

Se a sua janela
se fechou à zero hora
não faça sacrifícios
não deixe outra janela aberta
somos só eu e você
por toda a noite.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Saudades suas

As saudades vieram
De monte, deveras
Desde quando virou para trás
E não mais vi seu rosto
Nem o seu sorriso disfarçado
Nem o olhar curioso, de lado
Para se tornar um presente passado.
Então engoli meu olhar
Recolhi o falar
E passei a andar
Em direção oposta
Com um coração cada vez mais perto.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

o amor não é para você

O amor
Não nasceu para você
Não se abriu
Nem se esforçou
Foi suplicado
E só ignorado
Foi sonhado
E só imaginado.
Há qum acredite
em suas façanhas
Mas só me encontro preso
Em suas teias de aranha
O amor não é para você,
acredite.
Nem um mar de rosos
Pode te consolar
Nem uma promessa de mil beijos
Pode mais te enganar.
O amor não é para você
Resta então aceitar
Sentar e deixar de lutar
Fingir sorrir
E desabar às cegas.
Fingir sentir
Quando não há mais providências
O amor não é para você
E isso é tudo que deveria saber. 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Ansiedade

(sem ordem, segue a desordem, com algum sentido embora não pareça)

Meu Deus as horas não passam os segundos atrasam e já me esqueci. Esqueci quem sou eu quem perdeu quem sumiu que apareceu. Ora tudo demora até chegar a hora de te ver outra vez. E só assim consigo respirar recuperar o ar perdido só de pensar em não te ter outra vez de te ter outra vez. Sim falta fôlego sentido falta tudo até amigo quizá amanhã eu tente outra vez. Ingrata mania de tudo acelerar quando no mais só precisaria acalmar e te esperar e te escutar e te tocar sem mais falar.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Meu Alguém

Em especial para Os Batutinhas.

Meu alguém fugiu de tarde
De táxi
Sem hora pra voltar.
Ou era à noite vazia
Sem lua, sem cantoria
E meu alguém resolveu passear.
Meu alguém se perdeu
Quem sabe em outras camas
Quem sabe em outras bocas
Por aí
Deixando de ser Meu
Alguém
Seu
Também
Pura inocência
Me fazendo sonhar
Ai-ah...
Meu Deus do céu
Meu alguém se perdeu
Foi jogar buraco
Quem sabe se escondeu
Perdido no Barbalho
Quem sabe nunca viu
Quem sabe cansou de ser meu
Se algum dia foi.
Meu alguém morreu
Deixou de ser alguém
De tanto fugir
De tanto esperar
Alguém virou ninguém.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Cartadas


Suas pernas trêmulas
Não escondem o desejo
Um tapa na cara,
um breve sacolejo,
então estaria em meus braços,
totalmente desarmados.
O controle não existiria,
nem direção, nem calmaria.
Tudo o que procurava,
você encontraria,
de uma só vez.
Sem mais cartadas.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

If I be wrong

Pregue o amor,
condene o amor.

Caro viajante, falo de um lugar não tão distante do seu tempo. Que alegria partilhar o meu tormento sem que eu possa ser julgado por um momento. Falo de uma terra sem amor, seja a si própria, seja qualquer outra escória. Onde o amor é tudo, menos amor. O amor daqui tornou-se obrigação; uma mera imposição de quem não tem nada a perder. O amor aqui virou um leve suspiro, por outro coração bandido, sem parar e se arrepender. O amor aqui vem de um ciúme infinito, que para defender seu finito, só falta matar ou morrer. O amor é tudo, ao mesmo tempo nada. Parece um objeto para fazer morada. Ele se vende, maltrata, enjoa, faz bocada. O amor chegou a todos, menos a mim.
Não esse amor.
Privilégio o vosso de outrora renomada, compor sonetos alexandrinos para a sua amada. Escrever para o mundo sem servir de chacota. Desejar o amor, sem fechar as portas. Mas hoje, somente hoje, desejo um amor vazio; como um cego e uma arma num espaço vazio. 
Será tão errado amar um outro alguém que provoca arrepios?
Será tão errado te querer contente mesmo sem dar um pio?
Será errado amar sem um desvi; se é certo ou é vadio?
Será errado não querer viver a dor de chorar um rio?
Se eu estiver errado, afoga-me no vazio, pois de nada vale a vida sem amor.
Sem o verdadeiro amor.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Rosa-Zé

28/06/2014
Vilas do Atlântico - Praça da Sé
Nunca estive tão próximo do amor quanto pensava. Porém ele resolveu existir em questão de centímetros. O amor não pertencia ao poeta e nem deveria. Todo o amor foi encontrado no banco da frente de um ônibus qualquer.
Ela vestia rosa como Rosa, alegrando quem tava na fossa, ou num plano qualquer. Carregava a maior alegria, de passar o dia, com o seu amor, o seu Zé. Quem é?
O ser mais simpático existente. O homem que não precisa de mais nada para estar contente. Sua felicidade tinha nome, corpo, forma e flor.
Juntos eram um encanto, nunca vi tamanho amor. Ele ditava o ritmo com sua viola. Ela deslumbrava com seu canto. Não há quem não compartilhou de tamanha felicidade.
E o que seria isso, se não amor? Um gesto para mim, um canto para ti, um violão e uma flor. Que chegue o dia em que não haja mais dor.
Espero pelo dia que só exista amor.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

"Se a vida fosse um sonho?"

"Se a vida fosse um sonho?"

Foram os segundos mais prolongados e arrastados que hesitei em ter. Porém foram mais do que suficientes para te trazer de volta à vida. Passando no ponto de ônibus, parada esteve, com um olhar perdido até ser encontrado pelo meu. Seu curto cabelo loiro seguia bagunçado como deixara da última vez. E seu olhar manhoso penetrara em minha mente para não mais esquecer. Foi pouco que se tornou muito. Foi o suficiente para te trazer à vida. Se a vida fosse um sonho? Quem sabe melhor seria. Quem sabe você existiria...

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Jardim de Alah

Trânsito parado
Movimento?
Só nos coqueiros agitados
E pensamentos atordoados.
Um olhar perdido
Parece me encontrar
No outro lado da janela.
E se eu fosse o que procura?
Desceria do ônibus para fazer companhia?
Tomaria água de coco
E diria ser minha fantasia?
Roubaria meu dia?
Por uma loucura que beira a heresia?
Daria um chega para lá nas vadias?
Requer coragem, requer amor.
Requer paciência para onde for.

"Até poderia continuar sentado...
Porém desci do ônibus, para correr atrás do meu amor..."

domingo, 24 de agosto de 2014

Pituba

Em qual esquina irei te encontrar?
Em qual rua meu destino acha o seu?
Percorri os estados e avenidas
Questionei às pessoas e suas vidas
Porém pareço procurar uma alma vazia.
Sem rastros ou pistas para seguir
Perdendo tudo num lugar sem dono.
Não, não era muita coisa
Apenas um amor que levou
Um pedaço de mim.
Chegou como um anjo
Anunciado em um sonho
Saiu como um fantasma
Roubando o que havia de melhor em mim.
Parece uma saga sem fim
Um noticiário sem novidades
Um jornal sem manchetes.
Era uma tarde de verão
O sol corria por toda nação.
Já o meu coração?
Seguia tão frio quanto o inverno.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Insônia


As madrugadas tornaram-se grandes amigas
A companhia do lençol a mais adequada
Passara um ano e meio
E as recordações lhe tiravam o sono.
Meio coração
Dividido
Compartido
Um orgulho ferido
Um tango no escuro
Sotaque francês
Na palma de sua mão
Sem pudor
Com leve intimidade
Parecia utópico
Não parecia mais nada
As lágrimas voltavam
Uma fiel companhia
Os olhos partidos de sono
Uma voz que no silêncio gemia
Perdera mais que o sono
Perdera um amor impossível
Perdera uma noite de lua
Perdera para a vida
Por mais um dia.