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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Cartão de Entrada


Com seu ar de turista
Um pouco intimista
Se tornar uma bela vista
A ser apresentada

O sol corria por seus cabelos
Assim como a terra por seus olhos
A mata por suas veias
A (falta de) melanina por sua pele

Apresentaram-me sem expectativas
Quem sabe
Para não sofrer com a despedida
(que outrora viria).

Apenas o seu sorriso cintilante
Dentro de lábios vermelhos radiantes
Serviram como o perfeito
Cartão de visitas
Para não te querer mais
Fora da minha vida.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Saudades suas

As saudades vieram
De monte, deveras
Desde quando virou para trás
E não mais vi seu rosto
Nem o seu sorriso disfarçado
Nem o olhar curioso, de lado
Para se tornar um presente passado.
Então engoli meu olhar
Recolhi o falar
E passei a andar
Em direção oposta
Com um coração cada vez mais perto.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Alegrias

De todas as alegrias que um homem pode ter, a maior delas é poder te reencontrar. Sentir teu cheiro forte e marcante, acompanhado do seu sorriso de desdém. Desdenha-me porque sabe do seu poder, de tirar todo o meu controle, de estar aos teus pés a todo momento só para ter seu afago. Alegria a minha reencontrar esse olhar apertado, de atitude inigualável. Apenas com o objetivo de me colocar contra a parede, faz meu mundo estremecer. Tremendo amor que invade o meu ser, não se distancie, não faça com que eu te perca outra vez. Você é a maior das minhas alegrias.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

If I be wrong

Pregue o amor,
condene o amor.

Caro viajante, falo de um lugar não tão distante do seu tempo. Que alegria partilhar o meu tormento sem que eu possa ser julgado por um momento. Falo de uma terra sem amor, seja a si própria, seja qualquer outra escória. Onde o amor é tudo, menos amor. O amor daqui tornou-se obrigação; uma mera imposição de quem não tem nada a perder. O amor aqui virou um leve suspiro, por outro coração bandido, sem parar e se arrepender. O amor aqui vem de um ciúme infinito, que para defender seu finito, só falta matar ou morrer. O amor é tudo, ao mesmo tempo nada. Parece um objeto para fazer morada. Ele se vende, maltrata, enjoa, faz bocada. O amor chegou a todos, menos a mim.
Não esse amor.
Privilégio o vosso de outrora renomada, compor sonetos alexandrinos para a sua amada. Escrever para o mundo sem servir de chacota. Desejar o amor, sem fechar as portas. Mas hoje, somente hoje, desejo um amor vazio; como um cego e uma arma num espaço vazio. 
Será tão errado amar um outro alguém que provoca arrepios?
Será tão errado te querer contente mesmo sem dar um pio?
Será errado amar sem um desvi; se é certo ou é vadio?
Será errado não querer viver a dor de chorar um rio?
Se eu estiver errado, afoga-me no vazio, pois de nada vale a vida sem amor.
Sem o verdadeiro amor.