terça-feira, 30 de abril de 2013

O aspirante

Cabelo secou,
barba aparou,
sorriso soltou,
sua mãe palpitou.

As mudanças chegaram,
Ainda não havia se tocado.
Largara a vida de gado,
preparava-se para ser soldado.

Porta de casa abriu,
o aspirante saiu.
A garoa sumiu,
falta dela sentiu.

Se apresentou ao tenente,
sem palavras na mente.
Se quem cala consente,
ele sorriu, contente.

Tomou o seu caminho,
tivera de vir sozinho.
Ouviu o burburinho,
Deixara de ser homenzinho.

Satisfação

Em meu caminho estava,
esperando o céu cair sobre meus pés.
Representada por ele,
revolveu aparecer.
Um olhar apurando informações,
acabaram limitando as ações.
Longe da minha mente não ficou, desde então...
Logo eu, tão acostumado com essa invasão?
Quando poderia te ver outra vez?
Nos perdemos pelo dia,
sem palavras ditas.
Dançar na próxima vez?
Uma conversa fiada, sem agonia?
Apenas ver sua face satisfaria.

Voltas e voltas

Vivendo do mesmo jeito
Sem um endereço confiável
Sem conseguir escapar
Das armadilhas por mim criadas.
Nosso pensamento resolveu discordar,
Porém acabamos com o mesmo apreço.
Voltas e voltas foram dadas,
E o centro pareceu nosso amor.
Circulando pela hora errada
Nada então restou.
Para que serve a vida então?
Cercada de aflição e ficção?
Resolvi questionar os anciões
Mas eles resolveram não se importar.
Com a resposta de que:
"A vista é isto"
E o resto, ela te mostrará...
Queria não correr contra o tempo,
Segurar a cabeça.
O sol já se põe,
e por hoje, só me restou falhar.