Sol, Planta e Tempestade.

O tempo se torna um tormento para quem ama. Tudo parece ir rápido demais quando não devem e bem lento quando esperamos algo acontecer. Quem sofre é esse coração que um ritmo camuflado por sua causa. Quem sofre é ele, ao te ver e tende a acelerar. A cada olhar, palavra, sorriso ou ato, e só consigo reagir sem resposta concreta. Num momento de escapatória, meus lábios procuram confirmar tudo em gestos de desejo.
E em sua ausência? Esse tal coração parece não existir. Se contrai todo, esperando um sinal de vida. No aguardo de uma alma por luz. E essa luz, por obséquio, és tu.
Tu que me faz sonhar e sofrer. Você que amo e necessito de um jeito descontrolado, só pra te ter do lado. és quem me alimenta e me dá a energia necessária para seguir adiante.
És tu, meu sol, minha luz.
Sou tua planta, firme, esperando o raiar do dia.

Milhas distantes

(Feliz dia dos Namorados.
-- Para nós.)
Ainda consentindo a sua ausência
Deixando esse ambiente frio e solitário.
Estamos a milhas distantes
E posso imaginar que está perto.
Sim, você está perto.
Você tem que estar perto.
Estamos a milhas distantes
Eu posso te ouvir.
Eu posso te sentir.
Eu quero mais.
Enquanto tarde fica,
imagino...
Poderei eu te fazer feliz um dia?
Por agora,
a resposta não virá.
Eu te espero.
Espero o quanto for necessário para poder
Te amar e te sentir
Ser amado e admitir
Que o mundo vai girar por ti.
Estamos a milhas distantes
E eu estou esperando você chegar.
Por resto, de consolo, tenho as frias lágrimas da chuva
Se unindo às minhas
Em um modo de espera.
O inverno está chegando...

Bolhas

Um leve sopro e estou no seu caminho,
Bem simples e diretas,
curtas, ao seu dispôr.
Um leve sopro e ao céu subirei,
sem direção estarei,
sem peso,
onde o ar me levar.
Me deixe partir,
deixe o sopro me guiar.
Eu te aceito como companhia,
até que eu possa estourar.
Me deixe partir,
deixe o sopro me guiar.
A aquarela representarei,
em troca do seu belo sorriso.

Estrelas

Sob a constelação,
eu pude te encontrar.
Não se trata de ser fácil,
mas tive a sorte de em ti esbarrar.
Nesse universo em constante expansão,
que se dane o resto da constelação.
Nadei entre as estrelas,
com o objetivo de te encontrar.
E agora que te peguei,
não há como lhe largar.
Driblei os anjos, os santos, os cometas.
Adeus às galáxias, nebulosas e planetas.
Enquanto houver brilho,
existe nossa vida.
Enquanto houver vida,
bailaremos ao passar...