quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Entrelinhas

Talvez eu te devo desculpas pelo jeito atrapalhado de ser. Não é culpa sua, tampouco minha. O destino tem uma causa para a situação causar. Não é o humor ferido, um olhar sofrido, um tropeço na planície. É uma fúria sua, uma fúria minha, que impacta esse olhar. Esse encarar.
Só que agora, somente agora...
Tenho uma razão concreta para falar.
Tenha uma atração direta para escutar.
Hora de transformar.
Quem sabe essa expressão carregada dê lugar para um sorriso encontrar.
Quem sabe assim, o meu sorriso não irei negar.

Retrato

Passos largos em meio a um chão sujo, imundo, mais um no mundo, com a terra a sujar.
Não é pressa, expressa, em meio ao andar que só pensa em acelerar.
É uma insatisfação. Um leão pela mão. Uma raiva controlada que enoja o olhar.
Seria um sonho distante? Um paraíso ilusório? O que custa sonhar?
Era apenas um retrato, pequeno pedaço do meu caminhar.
E que mal causará?