segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Tempestade

As nuvens antecipam
E tempestade está por vir.
Apenas uma prévia dessa obra inconstante...
Permanecer na janela não é mais possível,
Exata a hora de recolhimento.
Os pássaros não cantam,
os sons não ecoam...
Tudo parece tão sem vida.
Em contraponto,
os sinais de vida são outros.
A chuva traz um outro pesar,
O passado parece não mais importar.
Chegada a hora,
O jeito é entregar-me ao momento.
Passada a lição,
tons mais calmos
E a luz celeste voltando a reinar.

Teus olhos

Um só sorriso já encanta
Porém foram teus olhos
Capazes de despertar.

Como é possível
Reunir tantas expressões
Encontradas num olhar?

Ora, privilégio o meu
Vê-los me acompanhar
Diante da longa espera
Para apreciar o mar.

Não só de cores,
Olhos são capazes de persuadir.
Os teus provaram o contrário
Sem ao menos se esforçar.

Pois, belas maravilhas já apreciei,
Diversos lugares passei...
Mas nada se compara
A endeusar o teu olhar.

Que a luz dos olhos teus
Possam me acompanhar
Aonde quer que eu vá.

Por Perto

Não sei definir como sorte ou azar
A graça surpresa ao se aproximar.
Diante dos corações,
pode ser um dos mais gélidos.
E realmente, não importa o quão difícil
Isso te faz.
O desafio é acender uma faísca
No meio do iceberg.
Pode estar em outro extremo,
numa aura inversa,
fase adversa,
qualquer animação é válida.
Mesmo o quão diferente de mim és
Torna-se mais gratificante que as parecidas.
Ao fundo, serei sempre um assaltante,
Sempre disposto a te roubar.
Assaltar o generoso sorriso que traz
Traficar piadas mal semeadas
Sequestrar o máximo que puder a companhia.
Bens me faz, mal não jaz.
Desejo o que infelizmente não tenho
O certo é te querer sempre...
Por perto.

Todavia

Entre as incertezas de um contato
Leve, casual e informal...
A vontade era fazê-lo acontecer.
Todavia, fui sucumbido pela timidez.
Arrependimento bateu,
corpo se enrijeceu.
Era o suposto fim da jornada,
todavia não pudera acabar assim.
Ser stalker fez parte,
diálogos e conversas a mais.
Desejado para aquela tarde,
todavia queria mais próximo de mim.
Você em Munique,
Minha mente em Londres.
Tudo parece tão longe mesmo perto.
Todavia a lua se encarrega pelo silêncio.
Palavras parecem sumir,
as letras parecem reduzir.
Talvez seja hora de me entregar ao sono...
Todavia impera a certeza de te encontrar num sonho.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Simples

Sorte a minha, seria, um sonho meu, em braços teus. Simples surgiu, roubando um sorriso há tempos escondido por falta de quem amar.
Já imaginou ter o sorriso do seu amor sem vê-lo ao vivo?
Ah, sensação, não se cansa de voltar. Esquecer é o que tento, difícil é apagar. Lembranças traiçoeiras, memórias inalcançáveis. Resultado é expressado num verbo de segunda conjugação: querer.
Já imaginou querer alguém sem nunca vê-lo?
Sentimento frustrante, paixão insinuante. Quisera eu qualquer sinal de prova existencial. Minhas preces parecem não ser ouvidas, todavia estão longe de acabar.
Já sofreu por amar alguém sem mesmo tocar-lhe?
Versos meus, sonhos meus. Raios manifestam a fúria no ar. Não sai por mim, a natureza está a expressar. No mar das mágoas, quem me dera ter asas para escapar. Mas ainda segue essa prosa, sem realidade que possar curar.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Alguém me disse

Alguém me disse que você era tudo o que queria.
O mais belo sonho se tornando realidade.
O errado encaminhando pro certo,
Sem permissão ou consenso.
Alguém me disse que sua presença me daria paz,
trazendo liberdade e calmaria,
aliviadora e arrebatadora como uma ducha de água fria,
amor meu, o que me faz.
Alguém me disse sobre a tua voz,
soando como um pássaro livre,
audível aos espectadores desatentos,
palavras ao alcance dos segredos.
Alguém me disse sobre um furacão,
aparecendo sem ser chamada,
entrando sem ser convidada,
ao mando de sua intuição.
O vento te traz,
a música me faz te querer mais,
admirar o mar em seus olhos,
nem me incomodando com o passar da noite.
Quero ser apenas seu, sem mais delongas.
Te espero em meus braços,
para sentir tua respiração,
seguir o ritmo do seu coração.
Ao final, todo mundo se dá bem.
Mas vem logo,
e dançaremos a mesma música,
até ela se encerrar.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Ar

De cara pro vento,
Pernas no chão.
Fios dourados ao sopro,
calmo tempo,
belo tento.
O que não mais belo,
ao te ver pausar,
descalça frente ao mar?
Óh, doce brisa.
Faça-me teu amor,
Te realizo em minha vida.
Me pareceu a única,
por isso destino esse lugar ao meu  lado.
Nessa sombra,
a mil verões,
numa felicidade próxima.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Go on

Passado o tempo destinado
Dos versos meus aos gestos teus.
Sem resposta ou solução,
assim encerre esse ciclo.
Siga com sua vida,
confetes aqui não faltam.
Me devolveste a esperança
Todavia, voltou a perder-se de mim.
Ah, venenosa esperança
Causadora ilusionista de velhas farsas
Por que insiste em implicar com vossa solenidade?
Garanta-me o teu respeito
Para sua consagração ser garantida.
Não quero me remeter aos sonhos,
não dos seus sonhos.
Sonhos novos, manipuláveis.
Seu tom se inverteu ao meu espectro.
Antes verde esperançoso,
Torne-se vermelho valoroso de amor.

É tempo de começar...

A luz da alvorada
Anuncia o esperado
O sopro frio causador de arrepio, calafrio.
Bem vi o bem-te-vi
Cantar para a nova manhã
O suspiro foi renovado,
junto à esperança retomada.
É tempo de começar um outro tempo.
O qual seja capaz das realizações,
dos sonhos e dos desejos mais idealizados.
É tempo de começar uma mudança
Seja de atitude ou imposição.
Agir para se impôr...
A si mesmo ao menos.
É tempo de começar uma luz
Podendo transcender sobre as do passado
Prevendo o futuro
Dando paz pelo que vier à frente
É tempo... de começar.