sexta-feira, 30 de março de 2012

Reencontro

Tanto tempo sem te ver,
tanto tempo sem te sentir.
Dos vastos sorrisos que fazes minha alegria,
Das vastas conversas fizestes os momentos,
dos imensos momentos que fazes de minha vida.
E que vida..
Minha vida, que passa pela sua, tornando essas tais vidas, nossas vidas.
Reviver você me faz tão bem.
Reencontrar então...

No alto da montanha

No alto da montanha, subirei a partir das quatro,
ansioso pelo seu abraço.
No alto da montanha, cheguei às cinco,
com um belo sorriso.
No alto da montanha, estarei às seis,
esperando pelo teu encontro.
No alto da montanha, sofrendo às sete,
ansioso pelo encontro.
No alto da montanha, às oito,
com a escuridão atingindo o topo.
No alto da montanha, às nove,
as árvores uivam, enquanto os pássaros já se foram.
No alto da montanha, às dez,
pode morrer, não estarei mais aos seus pés.
No alto da montanha, às onze,
você chegaria, mas para minha alegria,
por lá ficou, por lá congelou.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Escuro qualquer...

A cada batida dessa bateria,
sentimentos se foram,
lágrimas enlagoaram,
e seus erros originaram um livro.
De várias formas tentei conversar,
De inúmeros jeitos tentei te dar felicidade,
e guiastes para o caminho errado.
As luzes não irão te guiar,
sua casa ainda estará distante.
E eu não estarei aqui para te ajudar.
Desligue as luzes e terá um final feliz.

Intenções

Não só de boas intenções vive um sujeito.
Esperar por sua voz declamar bons versos
Não satisfaz de forma alguma essa imaginação.
Me dê alguns segundos e te seguirei.
Leve-me para sua casa e me tornarei especial.
Arranque essas correntes e me apresente um novo mundo.
Fique com meu coração essa noite,
pois ele não tem dono.
E se gostar, guarde-o ao longo de sua vida.
Quebre esse gelo com seu calor.
Me dê alguns minutos e te levo para onde quiser.
E então, quais são suas intenções?

domingo, 4 de março de 2012

Caderno velho

Estas são as últimas palavras desse caderno velho.
Muitos pensamentos  se passam,
Palavras se esgotam,
Até chegar ao seu limite...
O fim das folhas.
Não há do que se arrepender,
ou do que se amargurar.
Várias seriam as folhas que poderiam guardar.
Porém, não precisa.
E nem há de quê.
O que ficam são as memórias,
Arquivadas num só lugar.
O que ficam são as emoções,
lembradas a cada nota escrita,
a cada pincelada de caneta,
ao simples rabisco sobre a mesa.

Muitas das folhas se vão,
muitas das sensações ficam.
Estas são as últimas palavras desse caderno velho,
e não há do que me arrepender.

Batom.



Um toque em sua boca,
um beijo a te ajeitar.
Uma marca num outro lábio qualquer,
faz-me o teu bem-me-quer.
Por vezes, sem graça,
Outras tais, te demarca.
Em um só tom de sedução,
te faço de mim, a sua cara.
E de umas vezes, o teu charme.
Faz de mim a tua marca,
faz de mim o teu charme,
faz de mim o seu companheiro,
seu querido, batom.

Tema sugerido por Rodrigo Casales (http://www.rodrigocasales.com/). 

Flores, cores, amores, dores.

Escalando o monte para não te perder.
Eu não quero te perder.
Pelo menos, não agora.

Diversas as cores,
para os curtos amores,
de longas dores,
ao murcharem flores.

E no prosseguir da gente,
que me importa o teu sorriso agora?
Se quando o queria, você nem ligou...

Queria tê-lo sempre,
mas ter que apagar da mente,
é o que parece certo.

E o que parece certo?
Diante do erro, tudo parece incerto sobre o certo,
e nos espanta, até querer saber o que é correto.

Eu não quero te perder.
Eu não quero me perder.
Só resta orar ao tempo,
para fazer o que é errado.

Assim quem sabe,
todas as cores, ressurgem os amores,
apagam as dores,
renascendo as flores.

Inspirado em Perdão Você - Marisa Monte.

sábado, 3 de março de 2012

Canto dos malditos na terra do Nunca

Quem é você? Como você pode fazer isso comigo? 
Eu sei o seu nome e o seu sobrenome, mas esses podem ser falsos. Assim como a imagem que criei, para arrancar a dor de não poder chegar perto. Só pra fitar os seus olhos uma única vez, ouvir a sua voz e tentar te conhecer, te fazer rir e ver o seu sorriso surgir, sentir seu perfume, admirar as suas manias e o seu modo de falar... Tudo preso na minha insônia cada noite pior, sonhos e pesadelos que já não encontro diferença. Eu tenho medo de acordar. A realidade me assusta... 
E se você não se interessar por mim, disser “não” antes que eu possa tentar? 
E se eu nunca puder... 
Só o que me resta é esperar, mas o tempo me faz querer desistir e eu sei que ainda querendo eu não tenho esse direito. Acho que é assim que se define a mente de um apaixonado, então. Criamos a pessoa que queremos amar, cogitando a perfeição que jamais existiu, nos iludindo com os bilhões de possibilidades que inventamos pra tornar reais algumas de nossas fieis fantasias. Até que tudo se destrói e descobrimos de verdade quem é a pessoa que amamos. Ela pode ser melhor do que qualquer uma que veio antes e pode ser essencial, pode mudar o ruma da história, pode mudar a sua vida, pode te transformar numa outra pessoa por causa do amor que dela emergiu alcançando e consumindo seu coração. Mas ela também pode te fazer desacreditar nesse sentimento, pode acabar com a sua vontade de encontrar alguém, e te destruir de tal forma que a esperança seja enterrada. O amor é uma peça que está guardada na alma, esperando encontrar o seu encaixe. E se nessa procura você ainda tiver forças, espero que você não enlouqueça. Espero que eu não enlouqueça...