domingo, 16 de junho de 2013

As folhas resolveram lamentar o feito anunciado; o outono chegara inevitavelmente. A volta a sua casa tornava-se mais aguardada desde então.
Teriam ainda três estações a enfrentar.
Até sua chegada, previa um congestionamento de ideias.
Suavemente.
Contente estaria então, na sua metafórica fortaleza. O cansaço viria a qualquer hora. O sentimento de abandono lhe bateria a porta. Esse era o futuro querido?
Porém não desistiria daquele “indesistível”, o qual lhe fez perder a rota, roda, rota.
O tempo lhe parecera eterno, incerto, incrédulo.
O mundo um lugar indicado ao fracasso, cansaço.
O amor, esse sim, não fazia questão de desistir.
O amor que tudo cura tudo sara...
Meio fora de linha
Meio fora de hora
Meio fora de rota

Em algum outro coração, ele encontrara.

sábado, 15 de junho de 2013

Luna

Tamanhos versos de inverno,
encontram-se chorosos como a chuva.
Tamanhos descontentamentos,
vieram sem seus alentos.
Não há um sinal de luna.
A fumaça fez questão de consumi-la.
Não há um sinal de pluma,
ou sequer da presença sua.
Escondera-se na lua?

A tal poesia

Devagar e sublime,
Macia e comportada.
A tal poesia parecia adequada,
numa dimensão sem limites.
As palavras proclamadas
Me traziam afora da realidade.
As metáforas incompreensíveis
O romance sem romantismo
Uma sociedade sem humanismo
Um sorriso impossível
Um mundo que não pode ser traduzido.
Simples e humilde,
Calma e aplicada.
A tal poesia parecia invocada,
numa prosa sem rimas, liras, e delongas.