domingo, 29 de abril de 2012

Sim, eu assumo

Em todo esse tempo você pediu-me para assumir?
Então não há do que esconder.
Sim, eu assumo que sou carente,
e sigo contente,
com uma esperança sempre a se renovar.
Carente de carinho, de atenção,
de alguém especial pra chamar de "meu",
e me levar às coisas que só o amor pode proporcionar.
Sim, eu assumo que sou atrevido,
sempre em um vício,
de surpresas a proporcionar.
Sim, eu assumo minhas atitudes,
errôneas, incertas... Para você?
Pois seu parâmetro não serve nem para aquele "mais correto".
Sim, eu assumo minha idiotice,
a qual de faz sorrir, mesmo de leve,
e que o faz continuar me vendo.
Sim, eu assumo ser impaciente,
de tanto ser contente, 
paciência às vezes me falta.
Sim, eu assumo todos os meus conceitos,
repletos de defeitos,
só para poder te pirraçar.
Sim, eu assumo minha inconstância,
e um excesso de ganância, talvez.
O mal do que se paga por observar demais.
O bem do que se tem de se controlar mais.
Sim, eu assumo que sou fraco,
não sou corajoso e não sei nem porquê.
Eis a razão de não poder sonhar mais alto,
Eis o motivo de não seguir muitas vezes adiante.
Sim, eu assumo que sou romântico,
à moda antiga quem sabe.
E pela falta de um romance,
isso tudo me torna romântico.

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