quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Beira da calçada

O mar se agitou,
O barco ali parou.
O pescador se preparou,
A rede ele lançou.

A turista acompanhava
Na beira da calçada.
Eram apenas seis da manhã,
E acatava o seu gesto cotidiano.

Estava despreocupada,
Tempo não lhe faltava.
Todavia desapontada,
Dessa vida que lhe cansava.

Mesmo sem encontro marcado,
Seu acompanhante havia chegado.
Era um pássaro nunca encontrado,
Que nesse instante tinha alegrado.

O encontro não foi longo,
Puramente amistoso.
Uma hora partiria,
Levando a tristeza que houvera.

Deixou uma pena,
Na sua exótica cor,
Em seu nulo odor,
Fazendo-a plena,
À beira da calçada.

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