segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sua janela

Se a sua janela
se abre às sete
Logo me anima
Para poder entrar
Embora de mim não precise
Pois o frio tratou de roubar.

Se a sua janela
se fecha às nove
Só resta em mim
a santa agonia
Hora que estou
furioso ao dia
Para tua paz
poder proporcionar

Se a sua janela
se abre às doze
Nesta hora não estou presente
Queria entrar e te fazer contente
Vindo de tão longe para te agradar

Se a sua janela
se fecha às quinze
não há o que processar
"era minha hora,
não acredito"
E outra vez
tive que adiar

Se a sua janela
se abre às dezessete
me volto à tua porta
enquanto outra brisa
te acalma
e além da porta
não passarei

Se a sua janela
se fecha às vinte
me encontro triste
de tamanho desencontro
totalmente fora do alcance
mais uma brecha
e seria feliz

Se a sua janela
se estreita às vinte e três
desperto da desistência
avante contra à concorrência
para assim poder entrar

Se a sua janela
se fechou à zero hora
não faça sacrifícios
não deixe outra janela aberta
somos só eu e você
por toda a noite.

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