sábado, 14 de maio de 2016

Sol de Outono

Eu quis tanto ter você, sol de outono, aquecendo a minha vida e ponto. Decifrando cada face sua ainda não contemplada, ou alíneas rabiscadas não notadas. Ainda mais quando você se deita, disfarçado, querendo ser observado e sem ninguém para te notar. Pois então você pede; deito com você para me deixar invadir por toda a sua atitude. Tocar não te posso, mas meus olhos se encontram perdidos ao ver somente você ali para mim. Assim me perco em sua plenitude, sem me parecer tão certo. Meus poros agitados lhe deixariam isolados e choraram por seu calor. Então você resolve ir cada vez mais forte, com promessas cada vez mais cheias aos meus ouvidos. 

"Eu voltarei, mesmo que a noite volte, mesmo que a chuva caia, mesmo que o frio não me torne tão claro. Pois eu sou o teu sol, e você será o meu guia. Como um farol ilumina a noite e se acalma durante o dia. Assim será, pois sua vida pertence à minha, enquanto tiver olhos para ver, ouvidos para ouvir, e uma mente para admirar aquilo que parece improvável. Eu sou tão seu quanto você é meu, sem ciúmes, sem agonia. As estações irão passar, o tempo irá mudar, mas estarei com você, seja noite, seja dia.”

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