quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Cais

A chuva cai no cais e ainda me pego na esperança de te ver voltar.
Partira naquele navio, sem avisar.
Você sabe do bem que me faz.,
de cada palavra que me fazia pensar,
em todos os momentos em que aproveitamos.
O teu cupido, tão rápido,
flechou sem direção.
E só te vi chegar,
estendendo a mão.
Só pude gritar "Não me deixe".
Enquanto seus olhos reprimidos exalavam desamparo.
Por favor, não me deixe.
De longe poderia entender "Eu volto para te buscar".
Minha voz baixa exprimia "Eu amo você".
Passaram-se dias, meses, anos... Esperando você voltar.
Mas neste cais, deixei as últimas memórias que insistiam em durar.
O adeus fora breve, em tempo do abandono.
A mágoa ainda ficará.

E a tristeza?
Essa sim, já foi levada pelo mar.



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