domingo, 13 de maio de 2012

Doce

Esse turno se encerrou e o que resta nesse momento é caminhar pelo jardim. Ouvir sua doce voz proferir palavras que não fazem sentido. Sim, não estou prestando atenção no sentido, mas em você. Caminhando, ouvindo seu tom e apenas concordando como quem estivesse interessado. E só faço sentir a sua voz. Deixar ela percorrer todo meu corpo e trazer uma sensação única de arrepio.
Passados os passos, noto seus cabelos flutuando ao vento. Cabelos dourados com a luz solar desviando cada vez mais minha atenção. Então, você para de falar e diz com seu doce sorriso de canto...
"Está ouvindo o que falo?".
E só para não desapontar, minto representando um "Não".
"E eu tô falando o que?"
Em uma troca de sorrisos, sou obrigado a confessar:
"Presto atenção da próxima vez".
Eu tentei. Eu tento. Não conseguirei. E nos sopros frios dessa caminhada, o vento te esfria. Ofereço-te meu casaco só para ter de retorno o seu doce "Obrigado" e um sorriso de satisfação.
O pôr-do-sol vai chegando e o dia vai tendo seu fim pra dar lugar à noite. A caminhada termina com um doce beijo de despedida e com meu olhar a acompanhar o teu andar depois de se despedir. Agora que se foi, ficarão as doces lembranças, as doces marcas. E mais um doce desejo de querer te encontrar no outro dia.

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