quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Café Frio

No silêncio da varanda,
aprecio o resto da amargura.
Cafeína destilada, 
café frio.
Um gole para um arrepio insignificante.
Pulsação acelera inalcançável aos olhos,
ao meu corpo nu.
Um gole neutralizador,
catalisador de emoções,
amargas sensações,
reduzidas por um sopro,
e uma folha a ser escrita.
Outro gole levemente doce,
seguido de um suspiro esperançoso.
O que resta é ser o escolhido,
você não pode negar quem é.
Chegadas as últimas gostas,
seu passado já se foi,
mas ainda resta um pouco do que se foi... ali.
Isso te representa.
Em condições naturais,
esse resto te apodrece,
tornando-se um veneno adiante.
E não será uma simples água a te salvar...

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