sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Renata


Silêncio.
Milhares de ladrilhos na cor do gelo espionavam um desesperado escritor repleto de pensamentos impalpáveis. Sim, ela havia provocado de uma maneira imprópria, despertando palavras inabitáveis, até então. Sem mais prestígios diante de suas palavras frias.
Ranger de porta.
Teria que lutar contra minha própria vontade para observar quem adentrara na biblioteca de maneira ríspida. Sim, seria ela novamente, embora quisesse ignorar sua notável existência naquele recinto. Uma palavra de cumprimento e estava entregue.
Arrasto de cadeira.
Estávamos frente a frente, pela primeira vez, numa rara lembrança, e hesitei ao vê-la novamente. Era diferente de todas as pessoas que tinha visto ou conhecido. Isso lhe agradara [Talvez carecesse de uns agrados].
Aquela acolhedora biblioteca passaria a não existir com sua impactante presença. Uma agradável conversa e estaria encantado com o jeito nada convencional de convencer. Não pensou sobre o destino, nesta vez. Esse momento seria lembrado e repercutido ao longo dos anos. O que importa é o agora. O agora era ela.
Toque do sinal.
Suas palavras sincronizadas foram interrompidas com o abusivo sinal. Intervalo. Não do tempo ou da situação. Era uma pausa para refletirem sobre o que aconteceria depois. Uma certeza tivera... Essa pessoa iria te acompanhar até o fim dos seus dias.

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