domingo, 30 de novembro de 2014

Despedida Paulistana

A garoa podia até esfriar o tempo. Mas não o meu coração que estava inflamado. O tempo poderia estar fechado, porém saberia que o sol iria abrir para ver teu sorriso. O resto seria um mero detalhe. Sim, teria uma chuva de ansiedade, para mim, para ela. Sim, para ela, dela que estamos falando afinal. O motivo por me fazer comemorar uma parada involuntária em Guarulhos. Tudo pelo seu amor.
Encontrei o olhar mais alegre do ano e o seu doce sorriso aparelhado. Você já me perguntou onde as estrelas brilham para mim e não poderia te responder. Hoje, posso te dizer que elas se escondem no teu sorriso, único, elementar. Pode ser que os pássaros não tenham cantado para nós naquela tarde, entretanto o destino se encarregou de cantar a nossa música.
Milhares de pessoas poderiam estar ali em corpo. Em alma, só nós dois, em plena unidade. Dois corpos abraçados para transmitir o que havia de melhor em cada um dos dois: amor. Queria poder dar tanto amor com ela.
O silêncio era perfeito. Não por repreensão ou timidez. Era um silêncio único, de palavras que não precisavam ser ditas. Nós dois sabíamos de tudo. Desculpa, tempo, mas só queria continuar segurando-a em meus braços. Porém, ela sabia. Talvez eu devesse ir embora logo.
Então, separados de corpo, mas unidos em comunhão, a deixei aos poucos. Não estava triste. Não dessa vez. Era uma despedida breve, um até logo, pois o mesmo tempo que nos separou, nos traria de volta. Para dançar mais uma música; para um abraço mais demorado; para mais sorrisos e olhares de lado; para mais uma vida, sem despedidas ou prazo.

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